Thursday, November 23, 2006

UNTOUCHABLE TOUR - pt. VI

AN X TASY + NEW BREED * ROCKLAB (Moita) *


Mais uma data, mais um público, mais um show, mais umas amizades… mais uma noite!
Chegámos à Moita a rasgar a 180 km/h pela Auto-Estrada por volta das 17h30 da sexta-feira de 17 de Novembro à Moita.

Após algumas voltas perdidos por aí lá demos com o bar, graças à ajuda do nosso big friend Pedro Sanches; pra quem não o conhece, www.GRITA.pt.vu.

Chegando ao cubículo demos de caras com uma sala quase mais pequena do que o meu quarto. Será mau? Eu não acho. Para uns Guns n’ Roses se calhar nem chegava para a bateria ou para o Axl correr de um lado para o outro com o tripé na mão. Para mim, quanto mais pequeno melhor. Curto mexer-me quando não há espaço para tal, curto pregar casualmente uma cabeçada no gajo mais próximo, curto sentir que o único sítio onde estou à vontade é em cima do bombo da bateria, curto sentir-me livre para poder tocar em salas daquelas.
Um sítio bastante acolhedor, uma sala com uma boa acústica, o p.a. com a relação tamanho/potência/qualidade mais bruto com que já toquei. Aquela merda era do mais simples mas que bombava… bombava!

Entrámos, instalámo-nos, montámos as cenas, para variar não houve check sound (ainda não houve uma única data da tour em que tivessemos feito um sound check decente… coitaditos dos Guns), mas lá nos preparámos para… ir jantar!

Mas ainda houve tempo para conhecer o ‘outro Pedro’, o proprietário do estaminé. Não sei bem como descrevê-lo mas imaginem o Johnny Rotten a vir-se apresentar com uma t-shirt do CBGB’s e a fazer-se vosso amigo. Um pouco irreal não? Ok, também eu não sou nada mau para exagerar. Mas a visão inicial que tive do Pedro foi mesmo essa, um punkito dos anos 80 em 2006, com idade para ser meu tio, vestido à rockabilly citadino e com uma t-shirt da I CAN C U. Quem o vê, impõe respeito. Mas o respeito adquiriu-se logo através da sua humildade e à vontade em nos fazer sentir em casa. Trocou-se uma meia dúzia de palavras e fez-se um amigo.

Obrigado Pedro POR TUDO! Aliás, OBRIGADO PEDROS!

Hora de jantar. Uns foram comer ao Modelo, outros foram pagar 10€ por pacotes de manteiga e chás com whiskey. Eu nem me recordo do que manjei.
E estamos na hora de subir ao palco. É verdade, esqueci-me que não havia palco. O bar era tão mitra que um tapete de entrada de uma casa era o suficiente para o encher. Que sítio brutal. O que eu não dava para que todo o mainstream fosse underground.

Onze e qualquer coisa e já se houve ‘Nicotine, vallium, vicadin, marijuana, ecstasy in alchool’. Eram os New Breed a abrir as hostes. Começam logo a esbanjar o set sem tempo para sound check. E não era que o som estava do caralho??? Que brutalidade.
Pouca gente no bar ao início mas, a cada minuto passado, a pequena sala, já ocupada a metade pela nossa distro (risos), ficou bem composta e o feeling gerado em torno de nós foi do mais positivo.
O Luís cada vez mais seguro de si; a Emma, sempre a queixar-se de não estar a ouvir nada, está cada vez mais liberta e descontraída; o Arenga sempre na dele com umas marcações e atitude raras em punk-rock hoje em dia. Ok. Para aqueles que agora dizem que NEW BREED não tem nada de Punk-Rock eu respondo que GABRIEL O PENSADOR é hardcore. É tudo uma questão de atitude. Se NEW BREED é rock e tem atitude punk, porque não punk-rock? Neste caso apelidava AN X TASY também de hardcore, ehehe.
Mas a verdade é que os NEW BREED conseguem-me convencer a cada show que passa; conseguem cativar-me e ter cada vez mais vontade de actuar com eles ao vivo. Partilhar palcos com amigos é 1000 vezes melhor do que abrir para os Xutos.

Findo a actuação deste poderoso trio de Faro, vamos dar seguimento ao cartaz com a presença dos AN X TASY.

Não estávamos nos nossos melhores dias, até porque eu estava bastante constipado e mal-disposto. Tinha passado a noite anterior a beber vodka com mel e limão para matar a constipação e evitar uma gripe que pudesse afectar a nossa actuação. A noite correu bem mas no dia seguinte piorei. Estava assustado.

Levei o dia inteiro a beber chá, pingos no nariz, um whisky com mel volta e meia, lenços para assoar o nariz… preocupações a vir ao de cima.
Mas nada de mais. Estava fisicamente apto para 1 hora e tal de música mas psicologicamente estava bastante em baixo.

Começámos com a habitual ‘Positive’ (para variar) e logo de estalo despejamos a ‘De-Ja-Vu’ e ‘It’s Just An Accident’. Foram 3 temas a rasgar que deitaram abaixo o pouco que havia de mim. E seguiu-se com o resto do set.
De música para música, de whisky para cerveja, de maçã para garrafa de água, de suor para rouquidão, fui-me deixando ir abaixo por completo. O momento alto da noite chegou com ‘The Untouchable Myth’ (a nossa 5ª música de sempre… há muito que não via tanta aderência num dos temas que mais significam para mim) mas ainda estavam para vir minutos difíceis. Chegando aos últimos 3 temas eu já não me aguentava em pé e nem a minha voz se aguentava nas cordas vocais. Faltavam a ‘Lost In Words’, ‘The Drugs Don’t Work (The Verve)’ e ‘I Am Free’. Que martírio. Nunca me custou tanto tocar 3 temas em ‘palco’.

A ‘Lost In Words’ correu da melhor forma e acabou comigo em cima do balcão a tocar; a cover de The Verve, segundo o público, matou um pouco o rendimento da banda, mas eu curto em monte esta versão e a letra diz-me bastante; penso que é uma cover que serve para emitir alguma emoção nos nossos espectáculos ao vivo.

Chegou o momento final da noite: ‘I AM FREE’. Eu já mal me aguentava em pé mas esta música jamais poderia ficar de fora do set. Foi o primeiro tema da banda, a música que mais impacto tem em mim e o único tema que sempre foi tocado ao vivo em todas as actuações (excepto no ‘Jackie Chan Festival’ na Associação de Músicos em que tivemos de sair repentinamente para poupança de tempo para as bandas seguintes poderem actuar). A música correu a rasgar, para variar, e acabou com uma corda partida, um copo de vidro estilhaçado, uma bateria completamente desmembrada e dois membros da banda deitados em sobreposição no meio do chão.

Foi um feeling fenomenal, conheci pessoal do best e acabei a noite em casa de um Nélson que conheci no show (um grande ABRAÇO e OBRIGADO, irmão).

Moita é mesmo um sítio obrigatório para se passar uma noite bem passada e para não se conseguir dormir com o cheio dos sprays de Carnaval que imitam o cheiro daquilo que nos sai pela culatra (risos).

Foi até de madrugada: ‘Há o mau, o medonho, o horrível e a Moita’.

Já agora, queres falar disso?

Um grande abraço a todos e até breve.

NOTA POSITIVA = O convívio e as condições do ROCKLAB (brutal ao máximo).

NOTA NEGATIVA = O meu estado físico e psicológico em cima do palco.

Monday, November 20, 2006

Revolution is my name


Este entry foi escrito enquanto ouvia, como o título indica, o tema 'Revolution is my name' dos míticos Pantera.
O título em nada se deve assemelhar ao resto do texto mas pelo menos é forte e considero este tema igualmente forte na sociedade dos dias de hoje.

Falo em revolução mas não num 25 de Abril; não falo em pegar em cravos ou armas e ir para a rua defender direitos... mas sim, devemos defender os nossos. E eu aqui quero defender não os meus, mas os teus (nossos!) direitos.

Eu até dava para político; falo, falo, mas nada mudo... Mas ao falar talvez te ajude a abrir os olhos e a mudar-te a ti (se é que alguém perde tempo com estes momentos de insanidade intelectual árduamente vividos por mim e pela ponta dos meus dedos).

Falemos de 'estilo'. Mas hoje em dia há alguém que tenha estilo?

Se um gajo veste-se 'normalmente' é igual a toda a gente; se um gajo se lembra de ser diferente é dread, freak, hippie, estranho. Eu prefiro ser estranho do que igual. Mas também não sou daqueles que veste o mais absurdo para despertar essa estranheza. Eu sou eu. Ponto final.

Ora bem, certo dia vi uma gaja (podia dizer rapariga mas eu escrevo como falo e isto não é ofensa para ninguém!) vestir uma saia por cima de umas calças. Ninguém compreendeu, toda a gente gozou.
ok, uma saia supostamente é para mostrar as pernas, as calças têm o efeito inverso. Então qual a lógica de vestir sair por cima de calças? Afecta-vos? A mim não.

Vamos à Escócia e é normal ver-se os homens de saia (leia-se kilts). Eu gostava de ver o primeiro português a sair à rua de saia. Era uma cena do mais absurdo. Mas é engraçado que há portugueses a ir à Escócia usar saiase a comprar para recordação e a trazer para Portugal. Mas em Portugal já é vergonhoso vestir. Será do clima, do idioma ou do fuso horário? É que, sinceramente, são as 3 únicas diferenças entre nós e os escoceces. Até europeus somos os dois..!

Certo dia um homem (seguro da sua sexualidade) lembrou-se de usar collants por baixo dos calções. Ficou logo a barraca armada.

Tudo porque alguém se lembrou que collants é feminino. Tudo porque alguém se lembrou que o frio é maior que a vergonha. Tudo porque alguém se esqueceu do Robin Hood. A palavra unisexo entrou em calão.
Chamei a isto 'retrocesso de mentalidades'.

Ora bem, se permitimos que alguém vista umas ceroulas por baixo do pijama para se aquecer no inverno, se vestimos 3 pares de peúgas, se vestimos 2 camisolas interiores por baixo de uma sweat, por baixo de um casaco... onde está o preconceito? Eu sei, está até ao dia em que toda a população se lembrar de seguir a mesma tendência e passar de freak a puto da moda. Vejam bem a sociedade dos dias de hoje.

Também a ideia da t-shirt por cima da longsleeve parece não surtir grande efeito. Estamos a falar de uma peça de roupa de Verão que supostamente seria para bronzear os braços por cima de algo com mangas que supostamente protege do frio.

Ou então critiquemos o estado por haver tanta gente a dormir na rua, por haver tanta fome e tanta gente sem um casaco decente para se vestir. Mas criticar o estado quando ao mesmo tempo se critica o do lado por querer sentir-se bem consigo mesmo... um pouco contraditório, não?

Antes criticava-se também os putos do hip-hop ou dreads por vestirem um par de calças em que uma perna estava mais arregaçada que outra. Criticam-se as rastas pela quantidade de piolhos acumulados. Criticam-se os homens de cabelo comprido por parecerem mulheres de costas. Criticam-se os bonés usados à noite. Criticam-se os moicanos por terem a mania que são maus e punks. Criticam-se os hippies por parecerem arco-íris. Criticam-se os punks por não terem dinheiro para comprar roupa em condições. Criticam-se os do emo por usarem uma lata de gel por dia. Criticam-se os do black metal por usarem as cruzes ao contrário. Criticam-se os cristãos por irem à missa. Criticam-se os pastilhados por serem pastilhados. Criticam-te por seres tu. Criticam-me por ser eu.

Ok, mas eu curto ser eu... e tu? Tens alguma coisa a ver comigo?

Thursday, November 16, 2006

Como eu conheci os CONFRONT HATE

O modo como eu conheci CONFRONT HATE foi mesmo por mero acaso.

Ou talvez não; talvez os nossos caminhos estivessem mesmo destinados a serem cruzados. Talvez fosse tudo premeditado por outra força qualquer, algo paranormal que fez com que hoje em dia muito do que eu sei e tenho devo a eles e vice-versa.

Era eu um humilde vocalista em iniciação (banda Kukuklock) na altura. Não sabia cantar mas sabia curtir a música à minha maneira independentemente do que os outros pensassem.

Certo dia perdemos o nosso local de ensaio e a banda atravessou uma fase complicada; até que um dia ouvi dizer que um tal de David, vocalista de uma banda chamada Full Of Noise, nos tinha convidado para ensaiar na Moto Malta. Siga pró cubículo das motas então.

Altura de assistir um pouco ao ensaio de Full of Noise e, logo de seguida, ensaio de Kukuklock.

Tudo começou com um simples contacto entre duas bandas da mesma cidade. Hoje em dia é muito mais do que isso. Significa muito mais para mim. Significa uma banda de 6 amigos, colegas e companheiros em curtições. Estavamos no ano 2000 e agora estamos no ano 2006. Muita coisa ficou pelo caminho, muita foi-se adquirindo.

Hoje em dia é com eles que partilho palcos, são eles que eu meto em palcos, são eles que me metem a saltar de cima de um palco. E isso para mim tem mais importância do que os discursos do Sócrates, as acções do Bush ou as decisões do ministro mais arrogante que decide que o Mundo é dele e que começa uma guerra. A guerra em causa aqui é, única e exclusivamente, a guerra para se chegar cada vez mais longe.

Hoje em dia vejo-os nas finais de um concurso de bandas nacional da revista de metal mais lida em Portugal, a LOUD; hoje em dia vejo a banda que antes abria concertos com capacidade para serem cabeças-de-cartaz; hoje em dia vejo Confront Hate a abrir para Moonspell no Guadiana Fest e a não ficar nada atrás; hoje em dia vejo aqueles ‘putos’ que me perguntavam se conhecia alguém que tivesse um Metal Zone para vender a tocar com processadores muito à frente.

O que eu chamo a isto?
Evolução.
Acreditar num sonho PORQUE NADA SE CONSTROI SOZINHO.

E isto tudo são simples razões que me fazem apoiar e acreditar neste projecto (tanto quanto a banda!) porque sinto que isto ainda é o início de muita coisa que vai surgir.

Quem os vê a ensaiar, a tocar num palco da Associação ou numa Concentração de Motas, sabe que a atitude é sempre a mesma. Tocar para mim ou para 500 pessoas não muda nada, só a quantidade de ouvidos a escutar a musica, nada mais.

Porquê escrever este texto? Qual a razão? Porquê tornar público algo tão banal?

Porque eu não tenho vergonha de exprimir aquilo que sinto, porque não tenho vergonha de agradecer a um grupo de amigos todos os bons momentos que me proporcionaram. Porque a música não são só acordes e gritos, passa pela mensagem e pelo sentimento que transmite. Porque não tenho (e nunca tive!) problemas de me virar para um amigo e dizer que o amo (o amor é muito mais do que beijar uma rapariga!). Porque nada se constroi sozinho.

Dia 18 lá estão eles na final do LOUD METAL BATTLE ao lado de outros projectos de tanta qualidade (a final vai ser bastante renhida) como MY ENCHATNMENT, CRUSHING SUN, ARTWORX, VEINLESS e PUBKRAWL.
Não há nenhum projecto com menos qualidade; mas eu também conheço o valor destes ‘putos’. Que ganhe o melhor.

Aparece e apoia mais uma iniciativa dentro do underground nacional.

Aos CONFRONT HATE desejo as maiores felicidades, boa sorte para o futuro e que, por muito que mude o seguimento da sua carreira, nunca mude a nossa amizade nem o feeling que transmitem em palco.

PORQUE NADA SE CONSTROI SOZINHO!

Wednesday, November 15, 2006

Show de AN X TASY em Évora CANCELADO


Boas pessoal...

Infelizmente parece que há muitas 'Lu**as' à solta e o concerto de AN X TASY + NEW BREED + SIGMA + LOTUS MECANICA na SOIR em Évora foi cancelado.

É um cancelamento inesperado a pouco mais de 1 semana do evento que nos apanhou desprevenidos.

A I CAN C U pede desculpa a todos os que contavam dirigir-se ao evento, por razões às quais somos alheios.

De recordar que a banda estará igualmente em Évora dia 2 de Dezembro no ZOOM CAFÉ ao lado da banda ROADBLOCK cuja entrada é de apenas 1€.

Até breve.

Rafael 'Punk-Kecas' Rodrigues
(I CAN C U 2006)

Monday, November 13, 2006

UNTOUCHABLE TOUR - pt. V

* AN X TASY + RAIVEL * Centro Cultural Artes Jah Nasce (Coimbra) *







Se há sítio no país para se tocar e curtir à grande e pedir à organização para nos convidar muito em breve... esse sítio é Coimbra.

O pessoal de Fitacola são uns troca-tintas do caralho; dizem que lá não há sitios pra se tocar, que é só universitários e ninguém adere aos shows, blá blá blá...
Mas omitiram-me que o pouco pessoal que há em Coimbra é do mais poderoso que existe no país e que há um sítio chamado Centro Cultural Artes Jah Nasce com excelentes condições e pessoal com vontade de fazer cenas; sítios como estes é que dão valor e razões para AN X TASY continuar a existir... que pessoal brutal!

Abalamos de Faro na sexta-feira de 10 de Novembro pelas 16h, mais coisa, menos coisa.
Auto-estrada ou nacional? Ok, nacional... 8 horas de caminho!!!! Não, o carro não era mau, não tivemos nenhum contratempo, não fomos a 60 km/hora... somos sim uns despistados do caralho e uns fumadores de merda que param o carro de 10 em 10 minutos pra 'dar uma mija'. No final a mija era fumo e em vez da pila saía da boca... Estranho?!? Sá-sá do caralho!

O show da Penha tinha sido cancelado e o pessoal decidiu arrancar pa Coimbra logo no dia anterior para se aproveitar ao máximo fim-de-semana na companhia dos amigos.
E que amigos... os que eu já tinha e os que fiz...

Enfim, há males que vêm por bem...

Fazemo-nos à estrada e a 5m da partida parece que o Duarte marou de vez.. Que estalo que o homem tinha. O Malaiko foi o único que se gromitou todo mas eu só via o Duarte a beber. Parece que o álcool que entrava no sangue do Duarte estava a fazer efeito era no Malaiko. O Sá-Sá é que saíu uma puta de uma esponja... O homem deve meter CRISTAL no nestum de manhã que aquela merda já nem surte efeito.

O Milton lá ía mandando umas abaixo... O combinado era ir-se trocando de condutor durante o caminho porque 500 km de estalo é grande puxão... Mas o Milton estava mais preocupado com a cevada do que com a estrada... E vá lá que desta vez não havia geleira senão estavamos bem fodidos.

No carro iam duas cabeças de guitarra , 4 guitarras (2 eléctricas e 2 acústicas), uns metais todos fodidos do Sá-Sá a que ele gosta de chamar pratos (parecem tudo menos pratos), as t-shirts da distro, etc. Porquê duas guitarras? Porque estavamos todos fezados em ir pró metro ou prá 'Rua de Santo António de Coimbra' tocar no meio da rua com um boné à frente para se fazer guita. É pá, eu vou-vos ser sincero: a gente fez tanta merda no fim-de-semana que o que menos tivemos foi tempo para tocar... Ups, isto não era uma data da tour?? Será??

Na Mimosa fizemos o primeiro teste: o Sá-Sá ao telemóvel (uai, como é que ele aguentou tanto tempo?), o Milton e eu a tocar feitos parvos as musicas de AN X TASY sentados na esplanada do café, o Malaiko andava tipo zombie a olhar pras paredes e a tentar decifrar porquê o nome Mimosa e o Duarte preocupado em transformar o gasóleo em 1.80€/litro em vez do suposto 1.08€. Foi cómico.

A viagem prosseguiu e lá nos perdemos. Quando demos por nós estavamos dentro de Setúbal a tentar decifrar o que era uma Auto-Estrada e uma Nacional. No meio de tanta confusão fomos parar a uma bomba de gasolina onde nos foi dada a indicação que os mapas que o Milton saca da internet devem ser pra ir do quarto prá cozinha. Sim, porque supostamente a Via Michelin dizia que para se ir de Faro para Coimbra teria de se passar pelo interior do país... Ou não?!? Vá Milton, não comeces já a preparar vingança.. O pessoal 'tá na boa contigo, todos te curtem... Mas para a próxima compra um mapa nos chineses em vez de imprimires da net.

E lá vamos nós a Caminho de Coimbra.

Os Fitacola já estavam prestes a cancelar o show... nunca mais chegávamos. Mas chegámos!

Uma excelente recepção e fomos até um cafézito onde estava o pessoal de White Lie e mais uns amigos coimbrenses (é assim que se diz?!) dos Fita Adesiva. Eles os 4 a emborcar umas birras e eu feito parvo a falar com o Xico (o 5º elemento dos Fitacola) sobre a 'cena musical de Coimbra'. Ele bem dizia que não havia público nem interesse por parte das pessoas... que tanga! Foi um show do caralho!

Mais umas voltas, em que o Duarte andava para lá a meter conversa com os pastilhados, o Malaiko meteu-se 3h no WC a tentar descobrir onde era o autocolismo (só depois é que descobriu que era aquele butãozito em cima daquela caixita com água por cima da sanita; no mesmo sítio de sempre), o Sá-Sá ora ao telemóvel ora a emborcar uma buja, o Milton estava (onde?) e eu estava a tentar perceber o que estavamos para ali a fazer.

Ok, eu sei que o que o pessoal quer é mesmo saber como correu o show, mas é difícil... O fim-de-semana foi tão bom que eu por mim relatava segundo por segundo tudo o que aconteceu...

Mas vamos então ao que interessa...

Esta data ficou marcada pela primeira da tour em que não a partilhamos com os NEW BREED. Fez-nos falta aquele feeling positivo partilhado pelas duas bandas durante a viagem e tempo de palco... mas melhores dias virão.

Na noite que antecedeu o dia do evento ainda fomos arroxar para a garagem dos White Lie. Fomos, ponto e vírgula. Foram!
Ao entrar no spot do arroxanço encontrámos o homem-aranha e os únicos com quem fez amizade foi com o Malaiko e com o Sá-Sá (imagino que não devem ter feito os três durante a noite sozinhos naquele colchão fofo); eu, Milton e Duarte preferimos vir pró carro tomar conta do material (podia ter arranjado desculpa melhor mas ficamo-nos assim).

No dia seguinte quando acordei já estava sozinho no carro. Penso que o homem-aranha tenha raptado o Duarte e o Milton também. Como não deve ter ido com a minha cara deixou-me em paz.

E siga para o Jumbo comer, fazer merda, ver as lojas, fazer merda, o Sá-Sá ao telemóvel (ups... o telemóvel tinha avariado durante a noite... então a partir de agora seria o 'Sá-Sá da Cabine Telefónica'), fazer merda...

E lá vamos nós a caminho do Centro Cultural Artes Jah Nasce, após 4 tentativas falhadas em perguntar às pessoas 'Olhe desculpe, sabe onde é que se vendem gizmos? Uns bonecos que a gente manda uma pazada e eles mexem-se...' (imaginem isto dito com a pronúncia do Duarte). Ninguém sabia dos Gizmos e o Sá-Sá ficou na puta da Caca. Então fomos pra o 'centro'.

Chegando lá (e já lá tinhamos estado na noite anterior) deparamo-nos com uma associação de Rastafaris que em NADA nos descriminou. Era um centro constituído essencialmente por pessoal do reggae que bastante bem nos acolheu e fez-nos sentir em casa. Estavamos tão em casa que o Milton e o Duarte foram logo arroxar como se estivessem a ver na tv um debate entre o Sócrates e o Barroso (eu pelo menos deixo-me dormir nestas ocasiões). O Sá-Sá estava a beber (não havia cabines telefónicas) e o Malaiko estava 'normal'; primeira vez que eu via alguém 'normal', ehehehe. Eu estava a confraternizar com o pessoal das bandas (Um grande abraço prós Raivel também pela calorosa recepção e pela Jerupiga... a partir de hoje vocÊs também fazem parte da família AN X TASY).

Findo o sound check, montada a banca, câmara posta a filmar, o cd 'Even the strongest man has weaknesses' a rodar, a Jerupiga a começar a fazer efeito, as portas abertas... começamos nós a bombar!

18h30

'Oh, it's hard just to see all those people staring at me...' - Positive on the way!

Eu via poucas caras à minha frente mas foi daquelas tardes em que a qualidade superou a quantidade. Já toquei para muita gente mas num feeling tão bruto como Coimbra e Entroncamento é difícil. Foi mesmo um 'daqueles dias'.

Despejamos tudo o que tínhamos para dar (com excepção da 'nova' THE WORST THING, que ficou de fora do set), para além de 2 covers novos que...bombaram! O feeling sentido durante a 'The Drugs Don't Work' dos The Verve com o pessoal a cantar... foi demais! Foi mesmo demais!
Do actuação em si pouco me recordo porque estava num estado que, só visto em http://punk-kecas.hi5.com ou em www.icancu.org. Recordo-me que senti aquele show com uma intensidade do outro Mundo, recordo-me dos aplausos, de ver flashes a disparar, de ter o Xico e o Libelinha colados a mim (tipo seguranças que não deixam ninguém subir ao palco... aliás, volta e meia estava o Libelinha em palco a certificar-se de que o meu copo de Jerupiga estava bem composto), recordo-me de ver o Sá-Sá cheio de fezada, o Milton a cantar, recordo-me de me passar completamente durante a 'I AM FREE'. Recordo-me de tudo menos do que disse durante os intervalos das músicas e pouco mais! Ehehehe...

Acabámos de tocar e sobem os RAIVEL. Sinceramente, nesta altura já estava tão fora de mim que a única cena que me lembro de RAIVEL foi quando me convidaram para cantar a 'CENSURADOS' com eles, recordo-me de estar constantemente em cima do público durante a sua actuação.. Foi brutal. A meio do seu set ainda houve tempo para se tocar a 'ANIMAIS' com o Libelinha no baixo e voz, o Besugo na guitarra e voz, toda a gente em cima do palco e eu cá atrás sentado na bateria a (tentar!!!) tocar o melhor que sei. Foi demais, foi o rir em monte!

Acabou a música, arrumar o material, vender algum merchandise (obrigado ao pessoal que contribuiu para uma banda e uma associação que não paga IVA ao estado), e siga jantar e Faro.

Do jantar recordo-me de acabar sentado em frente ao Paulo da Impulso Records (e Resposta Simples!) a olhar para um prato com qualquer coisa como Chau Min de Gambas, ou lá o que era aquilo. Sei que só comi as gambas porque estava num estado que se comesse alguma cena mais depressa cagava ou gromitava. Preferi ficar-me pelo estômago vazio.

Jantar brutal, à mesa com amigos, e siga para Faro.

A viagem correu dentro da normalidade (tudo a dormir e o condutor acordado, o típico de qualquer viagem) e chegamos a Faro, se não estou em erro, às 5 da manhã.

Pessoal... VISITEM PUNKCOIMBRA... Oiçam e apoiem FITACOLA, RAIVEL, WHITE LIE, RESPOSTA SIMPLES e IMPULSO RECORDS... Assim como os GATOS PINGADOS, MESKALINE, R.J.A. e NEW BREED, óbviamente.

Até breve, coimbrenses (ainda não sei se é assim que se escreve).


NOTA POSITIVA - TUDO!

NOTA NEGATIVA - NADA! (Ou melhor, nota negativa só mesmo o facto de eu não me lembrar de metade das cenas durante o estado da Jerupiga. Não me recordo da conversa que tive com a Andreia e com o Jeans após o show, não me recordo da mensagem da Catarina, não me recordo das babuseiras que disse ao Jorge da Maudlin ao telemóvel, nada... Mas valeu a pena!)

Obrigado a todos os que fizeram a festa e que nos fizeram sentir em casa!

Sunday, November 12, 2006

UNTOUCHABLE TOUR - pt. IV

* AN X TASY + NEW BREED + GATOS PINGADOS + MESKALINE * Culto Bar (CACILHAS) *


Dois dias a dormir no carro... dois dias a mamar com as bebedeiras do Sá-Sá e do Duarte... dois dias a ver o Vito impertinente a estrilhar e o Milton a rir desalmadamente... Enfim, dois dias do caralho.

Foram demais!

Íamos a caminho da 4ª (e ultima) data do primeiro fim-de-semana da UNTOUCHABLE TOUR.

Para variar, fenomenal (porque é que será que só em Faro é que não há este tipo de convivio entre as bandas e publico? tenho pena...)

Chegando a Cacilhas... Um alto nivel de hospitalidade fez-nos, novamente, sentir em casa.

O pessoal de GATOS PINGADOS recebeu-nos como se tivessemos sido da mesma turma no 4º ano lectivo. Foi brutal.

Fomos comprar litronas, procurar a 'promoção de Maio de um prato de camarão mais uma birra por 1,5€' mas foi em vão. Bons tempos de Highest Cost (RIP?!?).

Check Sound time... O Vito 'tava com o maior estalo do Mundo a tomar conta da distro (ou seria a distro a fazer-lhe companhia?), o Duarte e o Milton andavam tipo putos da pré-primária a atirar garrafas de coca-cola às alforrecas do rio (o bar era a dois metros do rio!!), o Sá-Sá ao telemóvel (pra variar um pouco), os New Breed em cima do palco a ligar as cenas, e eu a falar com os manos João (obrigado por tudo, irmão), Pantera, Eddie, Gatos e Meskaline. O melhor de uma tour, de um show, é mesmo o convivio... Se vamos só pra tocar prefiro ficar na sala a ensaiar... dá mais frutos.

Não! Prefiro conhecer people, dialogar, combinar novos encontros (prefiro chamar a uma tour de 'excursão' do que propriamente uma 'data de um concerto'). Excursão faz-me lembrar os tempos da escola, em que o pessoal ia visitar o Mosteiro dos Jerónimos todos os meses, ehehehe, tudo a fazer merda nos autocarros. Que saudades...

Falámos e eis que começam os New Breed a actuar.

A casa ainda estava muito longe de 'razoavelmente composta'. Estava uma casa fracota mas nenhuma das bandas tocou pior por isso. Gostei da actuação dos 4 projectos, muito sinceramente.

New Breed deram-lhe como sempre dão mas cada vez melhores, a rotatividade faz-lhes bem e penso que ainda vão subir mais um pouco devido à consistência que estão a ganhar com a abundância de shows; AN X TASY tocou um set rápido mas suado (as luzes a 2cm das nossas cabeças faziam-nos soar como astronautas a pisar o sol); Meskaline soa muito diferente ao vivo do que o som é na gravação, mas isso não é critica negativa, pelo contrário... Meskaline em estudio soa a um projecto bastante original e apelativo e despertou-me bastante a curiosidade, dái a escolha de tocarem connosco na data do Culto; simplesmente acho que ao vivo soa mais bruto mas perde um pouco daquele toke característico que me chamou a atenção. São muito brutos ao vivo, sem duvida! Gatos Pingados faz-me lembrar PUNK C MANTEGA. Acreditem que isto é um elogio tendo em conta que considero PUNK C MANTEGA como um dos projectos de punk nacionais mais interessantes na actualidade. Penso que GATOS deu um show brutal em grande parte graças à excelente atitude do vocalista em palco. Muito bom mesmo.

Enfim... foi mais uma tarde que não dá para passar do pensamento para as teclas.. foi uma matiné daquelas que aconselho a qualquer banda e a recepção e forma como tudo foi organizado foi brutal. A INFECTED RECORDS bomba; e bomba mesmo!

NOTA POSITIVA = A qualidade das bandas dentro do estilo; a qualidade do som; a hospitalidade por parte das bandas 'da casa' para com as 'de fora'; a disponibilidade e forma de dar a volta aos problemas por parte do João da INFECTED RECORDS;

NOTA NEGATIVA = A um incidente desnecessário por parte do Vito e do Duarte nos W.C. (mas já passou e estão perdoados porque a nossa amizade vale mais do que isso!) que me fez perder as estribeiras por alguns minutos;

Thursday, November 09, 2006

UNTOUCHABLE TOUR - pt. III

* AN X TASY + NEW BREED + R.J.A. * Lareira bar (ENTRONCAMENTO) *


Pois é.. E, assim como há dias maus, também há dias bons.
E, se há fases más e dificeis de ultrapassar, também há fases esplendidas.

Passados dois shows com alguns precalços eis que surge o melhor show do fim-de-semana; desculpem, o nosso melhor show de SEMPRE.

Foi tudo bom: a recepção, as condições, a qualidade do som, a adesão do público, a venda de merchandise, o pessoal espectacular que conhecemos... TUDO! Não houve uma unica falha.

Mas vamos começando pelo início.

Acordámos eram 9h da manhã... Uma dor de pescoço do tamanho dos impostos, uma fome de comer os bancos do carro, uma chuva que dava pra inundar a banheira do Sr. Michelin, uma ressaca que dava pra apanhar uma overdose de Guronsan e 3 horas de saldo negativo do Sá-Sá ao telemóvel para Loulé. Ok, já perceberam que dormimos 5 bonecos da feira dentro de um FORD. Foi puxado...

Hora de levantar e o Duarte e o Vito começam logo a dar no álcool (se soubessem o estado em que o Vito e o Sá-Sá acabaram a noite...), o Sá-Sá continuava a telemóvel, o Milton foi às compras como uma dona de casa que se preze e eu andava a tomar o pequeno almoço e atentar perceber onde era o centro comercial mais próximo (estávamos no PLUS).

E lá fomos os 5 a caminho de um centro comercial, o Torres Shopping.

A chuvada que caía era intensa... mas quem nos manda ir a pé?
O Vito lá ía com o cú ao léu a mostrar o rabo aos condutores dos carros que passavam, o Duarte levava as Dragon Ballz de fora do fecho eclaire, o Milton ria comigo e o Sá-Sá sempre ao telemóvel.

Passaram-se as horas, em que não se fez puto, e às 19h lá chegamos nós ao local onde seria o evento.

Um bar todo catita, com boas condições, dois andares (um tipo salão de jogos e outro onde se realizam os espectáculos ao vivo), uma excelente recepção (obrigado por tudo D. Sandra) e lá nos instalámos à lorde num sítio que minutos antes desconhecíamos totalmente.

O p.a. foi chegando, encomenda-se o jantar (foi comer até arrotar a MI menor!), o Milton arroxa, eu e o Vito montamos a banca, o Duarte sempre a pedir um par de meias e o Sá-Sá... ao telemóvel!

Monta-se a banca, janta-se, abrem-se as portas do bar, joga-se um snooker, faz-se um sound check rápido, cada um instala-se no seu posto e lá começam os New Breed às...

23h30

Começa o habitual cover de QOTSA seguido da Vision of Life (onde é que eu já escrevi isto?) e lá se vai assim num ápice a meia hora da 'banda do Nirvana'. A melhor prestação do primeiro fim-de-semana, sem dúvida. O Arenga estava a curtir à brava (as condições levaram a isso!) e a Emma estava muito mais solta na bateria. O Luís andava com a mesma atitude de sempre que o caracteriza (discreto, passivo e sincero) a dar o máximo que pode.

A meia hora passa e lá subimos nós (AN X TASY) para outra meia hora.

'Milton, toca-se o cover de Pink Floyd ou não?'. A resposta negativa e lá começamos nós com a POSITIVE.

Estava em cima do palco com uma segurança tal que parecia que estava a ouvir um cd. Ouvia tudo em cima do palco (nem um único monitor), via toda a gente (até à 3ª música, em que tirei os óculos), sentia uma calorosa recepção que me fez dar o meu melhor show de sempre como vocalista/guitarrista desta banda que comemora já 4 anos de existência.

Frases como 'Obrigado por nos fazerem sentir em casa e nos proporcionarem o melhor show da nossa vida' ou 'Primeira vez que venho ao Entroncamento em 24 anos de vida e está a ser uma noite do caralho' fizeram com que o público se soltasse mais e o feedback foi cada vez maior.

Chegando à THE WORST PART OF ME... na paragem que antecede o final da música: 'Milton, toca-se PINK FLOYD?'. E foi o auge da noite. O Sá-Sá deu o arranque, eu e o Milton entramos e, enfim, só vendo. Não dá para escrever o que senti. Estava meia casa a cantar 'We don't need to education... hey teachers, leave me the fuck alone'. Nunca me senti tão bem recebido e aplaudido desde o show que demos no Estabelecimento Prisional de Faro no Natal de 2005.

Tocamos tudo o que tínhamos e lá chegámos nós à tão aguardada 'I AM FREE'.

Dei tudo o que tinha até despejar a última gota de suor que residia em mim. E os aplausos finais corresponderam a cada acorde, desafinanço ou falha de tempo, provocados por nós em palco (havia palco? nem notei!).

Acabando o show... esgotam-se os cd's. Obrigado à menina Joana que, 2 minutos após a conhecer, vendeu mais cd's de AN X TASY do que cervejas que eu bebi nessa noite, ahahaha. Também não foram assim tantas...

Cd's esgotados, alguns pins vendidos, eu encostado à box sem me conseguir levantar do cansaço... Estava esgotado.

Os New Breed já estavam lá fora a beber e a fumar uns... o Milton estava estático, o Duarte na distro, o Vito quase a cair pró lado... o Sá-Sá...onde andava ele? Ao telemóvel...ehehehe.

E lá começam os R.J.A. a tocar. Mas porque é que uma actuação de R.J.A. nunca me surpreende? Foram demais! Um dos melhores shows deles que já vi até hoje.

Desde os clássicos 'Subtil', 'Vou avisar o Zé' e a nova 'Tá tudo a arder' até a covers obrigatórios de Ramones, Ena Pá 2000 e Mata-Ratos... nada ficou perdido. Foi mais uma actuação com direito a encore a que os R.J.A. já nos habituaram.

Finalizado o show, hora de ir pra casa... Obrigado a todos os entroncanenses (eheheh) que nos vieram felicitar pelo show... nunca me senti tanto em casa e prometo voltar em breve.

Hora de receber, levar os restos da comida pra viagem e lá vamos nós a caminho de Santarém (?!? , já nem me lembro onde arroxámos). O Sá-Sá com a maior bebedeira do Mundo. Local para dormir? Bomba de gasolina. Encostámos o carro numa estação de serviço, o Milton e o Duarte foram dormir pró WC das mulheres (dizem eles... mas acho que no fundo é o lado feminino deles a falar mais alto), o Vito encosta-se ao Sá-Sá (não, não os vi abraçados) e eu à lorde no banco da frente.

E até amanhã...

NOTA POSITIVA = Tudo o que diz respeito à recepção e show no bar

NOTA NEGATIVA = Não poder ter shows daqueles todos os dias (se aquele público fosse do Algarve a cena hardcore ganhava muito mais com isso
HO-CHI-MINH em Faro CANCELADO

* As verdades são para serem ditas e ouvidas *

A I CAN C U não anda para aqui para fazer dinheiro e e nem está na música para ganhar inimigos (o que nós ambicionamos é exactamente o contrário); mas a verdade é que não nos podemos dar ao luxo de sair prejudicados desta forma por falta de ética profissional de uma presidente de uma associação de estudantes.

O 5º concerto da UNTOUCHABLE TOUR 2006 de AN X TASY iria ocorrer na Escola Secundária Pinheiro e Rosa em Faro com a banda HO-CHI-MINH como convidados de honra.

A presidente da dita associação 'fez-nos' cancelar um show na Associação de Músicos com TWELVE TO GO, PUNK C MANTEGA e NO TIME TO WASTE para nos inserirmos na organização deste evento com as bandas em questão.
Perdemos um show de punk-rock e afinal perdeu-se tudo; é que a dita presidente acabou por cancelar também o evento que iria decorrer na sua escola, SEM QUALQUER RAZÃO APARENTE!

Segundo palavras da responsável pelo evento, uma semana antes da sua prevista ocorrência, 'já falei com toda a gente e com o presidente do Conselho Executivo e a data está confirmada, stá descansado'. Descansado fiquei até ontem. Corrijam-me se estiver enganado mas algo que é confirmado é algo 100% certo; uma data cancelada a 3 dias de acontecer não é uma data confirmada.

Tanto a I CAN C U, como as bandas AN X TASY e HO-CHI-MINH, como muitos de vocês que gostariam de ter a possibilidade de ver as mesmas ao vivo, sabem que envolve tudo gente de palavra que nunca falha a um compromisso. É tudo gente séria que estava aqui para se dedicar a 100% a este show e proporcionar uma boa noite a todos os que iriam pagar para ver as bandas na respectiva escola. No final perdeu-se uma data da UNTOUCHABLE TOUR, a última oportunidade (!!!) de ver HO-CHI-MINH no Algarve este ano (já que a banda vai entrar em estúdio para gravação de novo trabalho) e uma boa noite passada numa escola.

Na verdade esta 'organização' desorganizada custou imenso trabalho, dinheiro (e foi muito o que se perdeu com esta brincadeira!!!) e é a primeira sexta-feira, e UNICA até final do ano, em que a I CAN C U não organiza nada; tudo devido a uma enorme irresponsabilidade de uma pessoa sem palavra, desonesta e que nem assume as consequências.

Mas o pior de tudo, na minha opinião, nem foi o cancelamento da festa.
Para que não bastasse, a dita presidente, para além de tudo o que foi dito em cima (não são ofensas, é uma mera descrição de tudo o que aconteceu e de que forma aconteceu), demonstrou ser cobarde. E eu com gente cobarde não lido.
A sra. presidente fugiu com o cú à seringa e rejeitou dezenas (!!) de telefonemas meus durante o dia 7 de Novembro das 9h às 23h50 e ignorou todas as mensagens que lhe foram enviadas.
A frontalidade ficava-lhe tão bem... mas parece que a mesma desconhece esta expressão.
É triste saber através de terceiros que o evento não se vai concretizar... tive de contactar um intermediário para poder avisar a banda de Beja que não haveria show na sexta-feira seguinte (a 3 dias do evento). Nem quero imaginar se houvesse cartazes na rua ou se a banda chegasse, juntamente comigo, no dia do show à escola e se deparasse com as portas fechadas. Quem iria assumir as consequências?

A 48h do show se realizar... CANCELADO! Uma autêntica VERGONHA!

A I CAN C U não pretende criar inimigos mas também não nos podemos dar ao luxo de ser manipulados como fantoches ou marionetas em algo que, para nós, já não é uma brincadeira; é um trabalho sério e honesto que temos vindo a desenvolver há cerca de 2 anos.

Para quem nos quer ver a funcionar,

30 Novembro - Esc. Sec. João de Deus em Faro

OX "Y" GENIUS
UNFAIR
100 SURRADOS
AN X TASY
MOTHER'S LAST CHILD

ou

15 Dezembro - Esc. Sec. Dra. Laura Ayres em Quarteira

DEVIL IN ME
BANSHEE and something else we can't remember
PELINTRAS

Obrigado a todos pela atenção e compresensão.


Rafael Rodrigues

Wednesday, November 08, 2006

UNTOUCHABLE TOUR - pt. II

* AN X TASY + NEW BREED + R.J.A. + DALAI LUME * Lótus Bar (CASCAIS) *


Segundo dia da tour, e até ao momento o pior momento do fim-de-semana.

O relógio marcava as 2 horas da tarde quando nos fizemos à estrada. Dois carros, 8 pessoas, e lá vamos nós pela 'nacional' a caminho da Grande Lisboa.
A viagem foi feita sem stress, com uma ou outra paragem pelo meio, e a meio do caminho tivemos de virar para a Auto-Estrada para não nos atrasarmos.

Chegámos a Cascais por volta das 19h, se bem me recordo.

O bar, já eu o conhecia, permanecia igual: a mesma aparência acolhedora, boas infraestuturas, uma excelente acústica, exactamente da mesma forma como o conheci em Junho do ano passado quando ainda tocava nos Highest Cost e onde partilhamos palco com os Payasos Dopados, M.A.D. e Punk Sinatra.

Check sound, nem vê-lo. A bateria chega com algum tempo de atraso, o horário começa a apertar e ainda temos de ter em conta a hora de jantar. É então que todos se separam para comer algo e regressar ao bar para cumprir a segunda data da tour.

Eu, Milton, Vito e Duarte decididimos ir ao Jumbo comprar comida e bebida para a longa noite que nos esperava... a dormir no carro!

Vimos de tudo no caminho: os típicos tios e tias de Cascais, os 'putos' do hip-hop e a skinaria. Sem descriminar ninguém, porque no fundo somos todos iguais. Mas algo notei. Por muita fama que os habitantes de Cascais possam ter, nada de mal vi em ninguém. Tirando um ou outro olhar de alto abaixo dos tios de Cascais perante a nossa forma de vestir, no geral até fomos bem 'recebidos'. Até tivemos um taxista amigo que nos queria cobrar 3€ para atravessar a estrada de carro. :P

Como dizia o Duarte: 'Nós viemos a Cascais à procura de grutas e Mac Donalds'. ?!? Nem eu entendi...

22h15. Hora de regressar ao bar. As portas vão abrir e ainda temos de montar a distro e apoiar a primeira passagem dos New Breed pela cidade de Cascais.

Distro montada. Line check rápido. Portas abertas. Xico Mocas instalado. Primeiro 'som, som, 1,2' e lá começam os New Breed com a típica cover de Queens of The Stone Age seguida da belíssima 'Vision of Life'. O set, apesar de sempre igual (como é típico numa tour), tinha sempre algo de diferente. Sim, a banda está cada vez melhor tanto em termos sonoros como em presença no palco. Talvez por adquirir mais experiência ou simplesmente porque não estão a jogar em casa... o Luís mexeu-se muito mais, o Arenga também e a Emma está muito mais consistente a tocar. Até dá prazer ver uma banda da nossa cidade nestas cirscunstâncias. Sem palavras. O som ajudou bastante, estava tudo perceptível, e isso reflectiu-se na esplêndida actuação deste trio farense.

De seguida subimos nós (AN X TASY) ao palco para apresentar a nossa meia hora habitual de rock como sabemos fazer. E começam logo os problemas (que se viriam a reproduzir até final da passagem por Cascais): a guitarra do Milton não dá som. Começa-se mal a actuação. Logo a seguir à entrada da 'Positive' dou comigo a tocar o riff solo sozinho sem ritmo a acompanhar. A música é logo interrompida e a imagem que deixámos não foi a mais positiva, devido a um facto ao qual somos alheios (tendo em conta que a guitarra se ouviu em TODAS as bandas menos em AN X TASY... estranho?!?).
Mesmo com este enorme problema sonoro, de falta de um instrumento importante para um trio (uma banda sem baixo e em que uma guitarra não se ouve... só pode soar a... duo?!?), prosseguimos com a actuação e despejamos temas como 'It's just an X ident', Lost in Words' (única data do fim-de-semana em que foi tocada) ou 'She'. De certo que não estavamos a dar o nosso máximo e não suamos tanto como habitualmente mas é dificil fazer um frete de estar a curtir um concerto quando nem a nossa guitarra ouvimos. Toca-se a 'I am Free' e abandonamos o local.

Agora só me resta pedir desculpa às bandas R.J.A. e DALAI LUME por não ter prestado atenção à sua actuação mas estava dividido entre uma distro que requeria a minha presença e uma frustração enorme de começar mal a nossa passagem pelo litoral centro do nosso país. Só tive oportunidade de assistir a 2 musicas de DALAI LUME e 1 de R.J.A. Estes ultimos, torreanos, estão melhores que nunca, em grande parte à forte atitude que demonstram quer toquem para 10 ou 100 pessoas. Quem já os viu em Faro e em Estoi e os vê agora no Lótus sabe bem do que falo. Dos DALAI LUME destaca-se a presença em palco do vocalista ZORB.

De saída do bar, após a actuação das 4 bandas da noite, é chegada a altura do pagamento. Se há alguém que não viu a cor do dinheiro foram as bandas do Algarve. Mas isso é outra história. Percorreu-se 300 kms para não se receber nada, não ter um som em condições e dormir no carro.

E lá fomos nós a caminho de Torres e de um parque exterior para arroxar. 5 gatos pingados dentro de um FORD todos encolhidos... mas valeu a pena! Um gajo até foi para curtir e foi o que fez no fim-de-semana... pouco mais há a apontar.


NOTA POSITIVA = a qualidade do som no Lótus é realmente bastante boa, em grande parte proporcionada pela magnífica acústica do bar; a noite passada em Cascais, apesar de curta, foi demais;

NOTA NEGATIVA = 2 bandas do Algarve que percorreram 300 kms e não receberam absolutamente nada devido à fraca adesão do público; o bar não fez publicidade ao evento (não vimos um único cartaz nas ruas); problemas graves com o nosso som onde actuamos a noite toda com apenas 1 guitarra, 1 voz e 1 bateria;

Tuesday, November 07, 2006

UNTOUCHABLE TOUR - pt. I

*AN X TASY + NEW BREED + OX Y GENIUS - Associação de Musicos em Faro*


3...2...1...go!

Dá-se início à primeira data da UNTOUCHABLE TOUR, partilhada pelas bandas AN X TASY e NEW BREED. Pela frente tínhamos 4 concertos num fim-de-semana, iria ser devastador para dois trios que nunca tinham dado dois shows seguidos. Experiência nova: boa ou má? Veremos...

A primeira data da tour é feita em Faro, na localidade das duas bandas.
AN X TASY prepara-se para montar banca com o seu recente EP (home-made-do-it-yourself) 'Even The Strongest Man Has Weaknesses'; New Breed iria passar por uma nove fase da sua 'vida'; Ox Y Genius seriam os reis (convidados!) de uma noite que prometia.

O balanço geral dá 50% para cada lado. Houve bons momentos (atitude das bandas em palco, uma noite bem passada entre amigos, um bom início de tour) e maus momentos (fraca qualidade do som, pouca adesão, set lists cortados por falta de tempo). Mas tudo tinha 1 explicação óbvia: as coisas para acontecerem passam por obstáculos, atravessam riscos, em que alguns são eliminados, outros são acentuados. Mas nunca se deve desistir.

Começando pelos problemas de queda de luz durante a tarde que anunciavam uma noite trágica para as bandas intervenientes no espectáculo, começaram a ouvir-se rumores de que o lançamento do EP não iria ter o impacto anunciado anteriormente. Mas tudo se resolveu rapidamente e o check sound, com 3 horas de atraso, correu bem para as 3 bandas (bem, dentro do possível, obviamente!).

A banca montada, o som feito, as barrigas dos musicos já preenchidas pelo jantar, e alguns amigos (prefiro chamar amigos do que público) à entrada para apoiar esta noite memorável...

21.45 e começa a actuação dos NEW BREED.

Para quem os conhece sabe bem a presença que este trio farense tem em palco.
Um projecto que nasce das cinzas dos DIVE e que continua com a mesma (ou mais garra!) do antigo nome.
Em palco dão início a uma descarga de raiva que foi bem recebida pelo público (que ainda ía chegando ao recinto a um ritmo lento, como seria até final da noite).

Por volta das 22.40 sobem os AN X TASY.

A banda que iria apresentar o ep dá inicio à prestação com a habitual 'Positive' seguida de imediato com a 'Untouchable Myth'. E por aí fora.. São despejados 7 dos 8 temas que constituem o cd e ainda a nova 'A letter' e é terminada a primeira actuação da primeira data da tour. Numa passagem discreta onde se limitaram a apresentar o cd o público que se aproximava do palco correspondeu às expectativas com algum ênfase nos refrões.

E é por cerca das 23h20 que sobem os OX Y GENIUS.

Esta banda, que já dispensa apresentações, deu um concerto ao seu mais alto nível, como já era de esperar. Uma banda que conta já com um longo percurso no que diz respeito a actuações pelo Algarve, e que conta igualmente com uma já considerável legião de seguidores, deram ao máximo o que de melhor sabem fazer: tocar música. Com um novo baixista a corresponder às expectativas, e realçando temas como 'New Thing' e 'Falling' (na minha opinião os dois melhores momentos da noite), foi uma noite para recordar até dia 30 de Novembro, data da próxima actuação deste quinteto de Faro.

E foi assim que terminou a primeira festa de promoção ao ep de AN X TASY.

A banda, AN X TASY, agradece desde já muito sinceramente aos NEW BREED por terem aceite o convite em fazer a primeira parte da UNTOUCHABLE TOUR e aos OX Y GENIUS por terem aceite o convite de fechar a noite do lançamento do EP.

Vocês é que estão de parabéns... PORQUE NADA SE CONSTROI SOZINHO!


NOTA POSITIVA = Destaco a união entre as três bandas, a forma como tudo correu sem stresses e a qualidade (apesar da pouca adesão) do público presente.

NOTA NEGATIVA = O facto de o check sound ter sido feito a correr reflectiu-se na má qualidade do som nessa noite; ser uma quinta-feira também não ajudou em muito à festa (apesar de toda a publicidade e promoção feita do evento)