A música - o seu valor intrínseco
Hoje em dia ouve-se falar muito do comercial, do underground, do mainstream, das bandas se venderem, de tocarem por guita, de tocarem por amor à camisola, de quererem apenas curtir, de tocarem para os amigos, de lutarem pra ir a algum lado, de tentar sair do país, de se deixarem levar pela moda, de se encostarem, de copiarem, de falta de originalidade, de marcar a diferença, de só darem 1 concerto por mês, de tocarem todos os dias, de elevados cachets, de tocarem ao vivo sem preparação, etc.
Vemos nos Moonspell, Fonzie e More Than a Thousand a desculpa de que só se safaram porque foram para o estrangeiro. Isto é, no minimo, repugnante.
As bandas tocam para nós, em shows chamados underground durante 1 ou 2 anos; nós pagamos 100 miseráveis euros aos mesmos, desprezamos todo o seu trabalho. Parece que são mais 4 putos a fazer barulho e que ninguém dá um tusto por eles. Essa banda (tomemos o caso de More Than a Thousand, por defeito) chega à conclusão que em Portugal não damos valor ao seu trabalho. Então 'baza lá apostar no Reino Unido'. E aí vão eles...
Passam-se alguns meses e parece que uma estrelinha nos diz que a banda afinal tem qualidade; apenas porque não se ouve falar deles durante algum tempo e porque sabemos que se ausentaram para outro país europeu. E ainda por cima todos se lembram dos Fonzie (onde andam eles agora?).
E é então que os MT1000 decidem vir-nos brindar a Portugal com um mega-show. E já todos curtem, todos apoiam, todos reconhecem a sua qualidade. Quando no fundo são os mesmos só que agora mais bem produzidos (falo a nível musical, obviamente).
Isto a mim envergonha-me como português.
Ou então vamos a um caso mais recente e mais próximo de mim: os POINTING FINGER.
É uma banda de Faro que nunca ninguém curtiu por cá. Quando eu ainda dava uns tokes na banda ainda me lembro de shows no Liceu (a nossa própria escola) em que eramos uivados por defendermos certo tipo de ideais não respeitados no espaço.
O pessoal baza numa tour europeia e agora somos os maiores. É complicad aceitar esta realidade.
Mas se formos por esta ordem lógica de ideias mais logo dizemos que o Durão Barroso é um gajo muita bacano só porque deixou o país e foi lá pra fora. Nem quero imaginar no sucesso dele se fizer uma banda e vier a Portugal dar um show no Club Lua com o Sócrates, Santana Lopes e Marques Mendes a abrir.
Enfim... passemos ao que interessa...
O valor intrínseco da música.
Algo que o pessoal deixa de ligar a cada dia (leia-se MODA) que passa é a puta da mensagem que as bandas tentam transmitir.
Temos pessoal que se diz satanico porque se lembrou que não acredita em deus. Então dão em (black) metaleiros. Mas depois só conhecem CRADLE OF FILTH e DIMMU BORGIR.
Ou então temos o pessoal do emo porque se lembra que são uns coitaditos e que passam a vida a chorar. E ouvem EVANESCENCE (ahahaha).
Ou então temos os punks fodidos que andam de skate e de moicano e julgam-se os maiores porque têm o ultimo cd de BLINK 182.
Também há os skin-heads que curtem dar pazada nos pretos mas depois ouvem Mata-Ratos.
Espera... ainda há os gajos do hardcore que sabem sair do mosh todos fodidos da cara. Ah, mas esses ouvem Slipknot.
E para terminar em grande porque não falar do pessoal do hip-hop com guns e naifas, banhadas à lorde e com o IPOD banhado a camones a ouvir 50 cent?
AHHHHHHHH... ja chega!! Já me sinto mal - disposto.
Eu orgulho-me de ouvir JAMES BLUNT. Quem conhece, sabe bem do que falo. Leiam a letra 'No Bravery' do 'Back to Bedlam'. Uma verdadeira musica comercial com um verdadeiro conteúdo lírico acima do normal. Uma mensagem que se encaixava bastante bem numa letra hardcore. Leiam a letra para compreenderem o que falo.
Ou então pegas em bandas punk/hardcore (pra não falar de outro estilo qualquer) e chegas à conclusão que a mensagem não está lá, ficou pelo caminho.
Isto tudo para se chegar a uma simples conclusão: não é o estilo que a banda toca e tem, não é se a musica é rapida ou pra cagar na mata, o que interessa é quem escreve para a musica se completar. Não basta criticar o comercial quando não se sabe do que falam. Como não se deve criticar o underground como berros e barulho quando se desconhece a mensagem da banda.
Quando estava ligado ao Satori diziam que aquilo lá era só tráfico de droga. Estive lá alguns anos e não vi nada que me comprometesse.
Depois entrei para a Associação de Musicos e só se ouve dizer que o ambiente é mau. Estou lá há 7 anos e nunca vi nada de incomum.
Mas no entanto as bandas que passam por este tipo de recintos são bandas que transparecem uma mensagem positiva para aqueles que seguem este movimento. E são sempre as mais criticadas.
Agora, o que interessa se a Whitney Houston dá na branca ou se o Michael Jackson curte comer o rabo aos putos? O que interessa é que são ídolos nossos e cantam tão bem... (uau!)
Mas se virmos o baterista daquela banda de Olhão a fumar uma ganza... é logo crucificado! É um marginal da sociedade.
Mas eu volto a repetir as vezes que forem necessárias:
ANTES MARGINAIS DO QUE ASSASINOS!
Hoje em dia ouve-se falar muito do comercial, do underground, do mainstream, das bandas se venderem, de tocarem por guita, de tocarem por amor à camisola, de quererem apenas curtir, de tocarem para os amigos, de lutarem pra ir a algum lado, de tentar sair do país, de se deixarem levar pela moda, de se encostarem, de copiarem, de falta de originalidade, de marcar a diferença, de só darem 1 concerto por mês, de tocarem todos os dias, de elevados cachets, de tocarem ao vivo sem preparação, etc.
Vemos nos Moonspell, Fonzie e More Than a Thousand a desculpa de que só se safaram porque foram para o estrangeiro. Isto é, no minimo, repugnante.
As bandas tocam para nós, em shows chamados underground durante 1 ou 2 anos; nós pagamos 100 miseráveis euros aos mesmos, desprezamos todo o seu trabalho. Parece que são mais 4 putos a fazer barulho e que ninguém dá um tusto por eles. Essa banda (tomemos o caso de More Than a Thousand, por defeito) chega à conclusão que em Portugal não damos valor ao seu trabalho. Então 'baza lá apostar no Reino Unido'. E aí vão eles...
Passam-se alguns meses e parece que uma estrelinha nos diz que a banda afinal tem qualidade; apenas porque não se ouve falar deles durante algum tempo e porque sabemos que se ausentaram para outro país europeu. E ainda por cima todos se lembram dos Fonzie (onde andam eles agora?).
E é então que os MT1000 decidem vir-nos brindar a Portugal com um mega-show. E já todos curtem, todos apoiam, todos reconhecem a sua qualidade. Quando no fundo são os mesmos só que agora mais bem produzidos (falo a nível musical, obviamente).
Isto a mim envergonha-me como português.
Ou então vamos a um caso mais recente e mais próximo de mim: os POINTING FINGER.
É uma banda de Faro que nunca ninguém curtiu por cá. Quando eu ainda dava uns tokes na banda ainda me lembro de shows no Liceu (a nossa própria escola) em que eramos uivados por defendermos certo tipo de ideais não respeitados no espaço.
O pessoal baza numa tour europeia e agora somos os maiores. É complicad aceitar esta realidade.
Mas se formos por esta ordem lógica de ideias mais logo dizemos que o Durão Barroso é um gajo muita bacano só porque deixou o país e foi lá pra fora. Nem quero imaginar no sucesso dele se fizer uma banda e vier a Portugal dar um show no Club Lua com o Sócrates, Santana Lopes e Marques Mendes a abrir.
Enfim... passemos ao que interessa...
O valor intrínseco da música.
Algo que o pessoal deixa de ligar a cada dia (leia-se MODA) que passa é a puta da mensagem que as bandas tentam transmitir.
Temos pessoal que se diz satanico porque se lembrou que não acredita em deus. Então dão em (black) metaleiros. Mas depois só conhecem CRADLE OF FILTH e DIMMU BORGIR.
Ou então temos o pessoal do emo porque se lembra que são uns coitaditos e que passam a vida a chorar. E ouvem EVANESCENCE (ahahaha).
Ou então temos os punks fodidos que andam de skate e de moicano e julgam-se os maiores porque têm o ultimo cd de BLINK 182.
Também há os skin-heads que curtem dar pazada nos pretos mas depois ouvem Mata-Ratos.
Espera... ainda há os gajos do hardcore que sabem sair do mosh todos fodidos da cara. Ah, mas esses ouvem Slipknot.
E para terminar em grande porque não falar do pessoal do hip-hop com guns e naifas, banhadas à lorde e com o IPOD banhado a camones a ouvir 50 cent?
AHHHHHHHH... ja chega!! Já me sinto mal - disposto.
Eu orgulho-me de ouvir JAMES BLUNT. Quem conhece, sabe bem do que falo. Leiam a letra 'No Bravery' do 'Back to Bedlam'. Uma verdadeira musica comercial com um verdadeiro conteúdo lírico acima do normal. Uma mensagem que se encaixava bastante bem numa letra hardcore. Leiam a letra para compreenderem o que falo.
Ou então pegas em bandas punk/hardcore (pra não falar de outro estilo qualquer) e chegas à conclusão que a mensagem não está lá, ficou pelo caminho.
Isto tudo para se chegar a uma simples conclusão: não é o estilo que a banda toca e tem, não é se a musica é rapida ou pra cagar na mata, o que interessa é quem escreve para a musica se completar. Não basta criticar o comercial quando não se sabe do que falam. Como não se deve criticar o underground como berros e barulho quando se desconhece a mensagem da banda.
Quando estava ligado ao Satori diziam que aquilo lá era só tráfico de droga. Estive lá alguns anos e não vi nada que me comprometesse.
Depois entrei para a Associação de Musicos e só se ouve dizer que o ambiente é mau. Estou lá há 7 anos e nunca vi nada de incomum.
Mas no entanto as bandas que passam por este tipo de recintos são bandas que transparecem uma mensagem positiva para aqueles que seguem este movimento. E são sempre as mais criticadas.
Agora, o que interessa se a Whitney Houston dá na branca ou se o Michael Jackson curte comer o rabo aos putos? O que interessa é que são ídolos nossos e cantam tão bem... (uau!)
Mas se virmos o baterista daquela banda de Olhão a fumar uma ganza... é logo crucificado! É um marginal da sociedade.
Mas eu volto a repetir as vezes que forem necessárias:
ANTES MARGINAIS DO QUE ASSASINOS!